sábado, 19 de maio de 2012

Reflexões de Jimmy Wilshere

O relógio da torre matriz da cidade bate, grande barulho se faz nas ruas, já é meia noite. Jimmy Wilshere se encontra nas ruas de sua velha Londres deserta. Não sabe muito bem o que fazia a essa hora na rua, não havia ninguém, não havia nada, só ele, um cigarro e pensamentos que o levavam além daquele lugar. O garoto viu a própria Morte, não fazia muito tempo... A velha Morte não perdia seu hábito de pregar peças nos vivos, sempre mostrando que ela estava presente, um pouco narcisista e desejosa de atenção era ela, mas que deus não era assim? Ele pouco ligava para isso, via a face do demônio diversas vezes em sua vida, pouco ligava pra exibida Morte e seus avisos nefastos... A vida já não lhe fazia muito sentido, após adquirir muito conhecimento, Jimmy já não pôde voltar atrás e se conformar com o mundo ao redor como fazia em sua infância, tudo o revoltava, tudo o enojava, a briga por poder, desses malditos e medíocres seres humanos, lhe fazia ter poucas esperanças na humanidade, na Inglaterra, como em qualquer país do mundo, deus é uma nota de cem. Seus pensamentos iam além: Precisamos pagar por moradia em um lugar que não escolhemos nascer, precisamos pagar por sair deste lugar e somos vistos com maus olhos quando viajamos para um pedaço de terra diferente do nosso. O ser humano chegou a um ponto tão patriota de pensar que qualquer ser que nasce em um pedaço de terra diferente do seu é inimigo, maldito ser humano, maldita insapiência... Jimmy pensa agora naqueles que partilham de sua opinião, mas que dela não divulgam. Maldita omissão que mantém estes governos viciosos que convivemos... Então parte para casa, sempre pensando, sempre arquitetando ideias revolucionárias, o garoto some em meio à névoa londrina, talvez um dia esta situação em que vivemos mude, talvez...

Nenhum comentário:

Postar um comentário