domingo, 23 de setembro de 2012

Malditos anjos

Qual é o melhor momento para um conto sobre o amor? Não se sabe, não se deveria. Até porque a própria morte, seca e sincera morte, é mais digna de lembrança que esta droga viciante e mais nociva entre todas, que se chama Amor. Egoísta sim, podemos dizer que seja, afinal o Amor é um anjo, que visa apenas satisfazer um amo, pouco se importa com aqueles a que não lhe interessa. Digo anjo sim, pois estes são mais nocivos e injustos que os demônios, que talvez sejam apenas aedos de uma verdade nua que os homens não suportam. Os anjos não, malditos enganadores, fingem que lhe salvam a alma com este papo de amor e sentimentos baratos que só iludem aqueles que se deixam levar. O Amor é o anjo mais cruel, mais impiedoso. Muitas vezes sim, faz seu trabalho corretamente, mas ele jamais trabalha sozinho. A Distância, cruel, quase tanto quanto o Amor, trata de completar seu maléfico trabalho angelical. Talvez isso tudo seja parte de um divertimento, um grande reality show em que somos observados por um sádico filho da puta ou talvez eu só esteja chapado, tanto faz...

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